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abril 19, 2018

Estás grávida? Estas são as 10 coisas que eu gostaria, com carinho, de te dizer



No meio de tanta informação e desinformação, de tantas dicas contraditórias e da insegurança que trazer um bebé ao mundo sempre acarreta, hoje escrevo para as grávidas. Numa primeira gravidez normalmente há mais tempo para ler e para refletir sobre como será quando ele nascer. Há 10 coisas que eu acho que todas as grávidas deveriam escutar (e não só ouvir):


1. Quando o bebé nascer pode cometer alguns erros, ter dúvidas e em alguns momentos sentir-se insegura. É normal, somos seres humanos, amamos os nossos bebés mais do que tudo na vida e estamos a aprender a ser pais. Siga o seu instinto e tudo será mais fácil.

2. Amamentar pode causar dor, pode não ser tão simples para todas as mães e todos os bebés, mas vale a pena. Procure ler sobre amamentação agora e se sentir que precisa procure ajuda. As conselheiras de amamentação, grandes defensoras deste bem que é ser amamentado,  podem ajuda-la a vencer as dificuldades. Em alguns casos, uma consulta de osteopatia também pode ajudar a desbloquear o processo.

3. Quando começar a procurar carrinhos, faça também um workshop de babywearing, para descobrir as inúmeras vantagens que esta forma de transporte (e não só) podem ter para o seu bebé.

4. Ouse pensar sobre o seu parto com liberdade. Sim, existem várias opções, sim, não tem de ser passiva neste dia mágico. Procure esclarecer com o seu médico todas as questões que tem, fale com recém-mamãs sobre o parto, procure informação de qualidade sobre o tema. Quanto menos interferência no parto, melhor para o seu bebé. A indução, a cesariana, a episectomia, a instrumentalização no momento do parto, devem ser planos B, criteriosamente ponderados. 

5. Pode começar a deitar o seu bebé de barriga para baixo (tummy time), quando ele estiver acordado e vigiado, desde o nascimento. Essa posição é ótima para o funcionamento da sua barriguinha e promove o fortalecimento dos músculos da cabeça. Comece devagar, por exemplo depois de cada muda de fralda. O tummy time pode ser feito no seu colo, no tapete, nos seus braços, no seu tronco.

6. Dê muito colinho, não vai estragar o seu bebé. Os bebés vivem 9 meses no SPA quentinho que é a sua barriga, embalados pelo seu movimento e pelos som do seu corpo (batimento cardíaco, voz, ruído dos intestinos). É normal que precisem de um tempo de adaptação ao novo mundo.

7. No início desta viagem o seu bebé vai perceber os limites físicos do seu corpo e estabelecer relações através do toque. Os bebés são nesta fase essencialmente sensoriais. Se a deixar mais confiante faça um curso de massagem do bebé. O vínculo começa a estabelecer-se através do toque. Abuse do contacto físico.

8. Pense em realizar uma avaliação do seu períneo com uma fisioterapeuta que trabalhe com reabilitação perineal às 6 semanas de pós-parto. A gravidez e o parto podem ser bem exigentes para este músculo tão importante da esfera ginecológica. Previna com esta avaliação disfunções urinárias, sexuais e patologia infecciosa do seu sistema uroginecológico. 

9. Não é a super mulher. Peça ajuda, comece desde já a pensar sobre o assunto. No primeiro mês vai estar mais cansada, é mais difícil planear e tomar decisões.

10. Assim como vai marcar consulta com o pediatra ou o médico de família, pense também em realizar uma avaliação de Osteopatia com o seu bebé. Não espere que as alterações surjam, previna.


Faça castelos e planos, e depois aceite com um sorriso que nem tudo correrá como planeado, mas será a viagem mais fantástica da sua vida, ser e crescer como MÃE.


março 15, 2012

Mamãs ou atletas de halterofilismo?

Este é um post em que já ando a matutar há algum tempo.

Mamãs ou atletas de halterofilismo? É que este processo de ser mamã acarreta mais esforço físico do que se possa pensar à primeira vista! Ora sigam lá o meu raciocínio. Primeiro a mulher carrega nove meses com o bebé e os anexos (placenta, líquido amniótico, o seu próprio peso a mais, entre outros). Depois chega o bebé e é ver as mamãs com os ovinhos, estafadas porque de ergonómico aquele objecto tem pouco. Se vazios até parecem muito leves, quando com o respectivo ocupante, a situação muda de figura. Existe ainda o problema das barreiras arquitectónicas. Nos anos 70 e 80, no auge da construção em Portugal, colocavam-se elevadores nos prédios mas só depois de um lindo lance de escadas, o que torna impossível a passagem a carrinhos de bebé e cadeiras de rodas.
Em casa as mamãs têm ainda de carregar com as banheiras cheias de água e com o próprio bebé. Tornam-se peritas em fazer as coisas mais incríveis só com uma mão.
Para além dos pesos pesados o seu corpo tem de recuperar a sua forma original e conviver com uma carga adicional na dorsal devido à posição de amamentação e de colinho.  Tudo isto associado a um cansaço residual, que advém das noites mal dormidas e da diminuição substancial de tempo para cuidar de si.
Se quer engravidar aconselho que antes invista na sua forma física.
Se é uma destas mamãs halterofilistas e se revê nesta narrativa, cuide de si e faça uns tratamentos para recuperar da sobrecarga.
Pequenos gestos como estes tornaram a sua gravidez e a relação com o seu bebé ainda mais maravilhosa.