Os resultados confirmam, ainda, que o sexo feminino é o mais sedentário. Os motivos para a inactividade estão associados à capacidade psicológica da mulher para iniciar a prática de exercício ou à sua capacidade física, no caso de sofrer de algum problema ou patologia que a impeça de realizar certos de movimentos ou exercícios.
Os especialistas deparam-se, cada vez mais, com situações de aconselhamento e prescrição de exercício físico a pessoas com condições clínicas associados, onde os riscos e preocupações são maiores.
De forma a esclarecer essas dúvidas, a sexta edição do Congresso PRACTICE tem como tema «Avaliação na Terapia com o Exercício». A ter lugar nos dias 27 a 28 de Outubro, no Auditório Agostinho da Silva da Universidade Lusófona em Lisboa, um dos objectivos primários passa por evidenciar os métodos disponíveis para avaliar a motivação psicológica do indivíduo para iniciar a prática do exercício físico e a pessoa está em condições para realizar todo e qualquer tipo de exercício.
«Os especialistas têm vindo a defender, cada vez mais, a prescrição de exercício físico por parte dos médicos, de forma a prevenir ou melhorar várias patologias. No nosso país, ainda não é muito recorrente a recomendação do Médico de Família na prática de exercício físico. No entanto, quando isso acontece, geralmente o profissional não possui um conhecimento especializado nesta temática, pelo que não sabe aconselhar quais os exercícios e actividades mais benéficas para cada tipo de paciente. O nosso objectivo, este ano, é promover e informar todos os profissionais de saúde relativamente aos vários métodos existentes para uma avaliação clínica contextualizada para a prática de exercício físico em doentes crónicos», explica Jorge Ruivo, médico de Medicina Desportiva.
Os portugueses sofrem, cada vez mais, de várias patologias relacionadas com o sedentarismo: 49,5% dos adultos têm excesso de peso ou obesidade, dois milhões são hipertensos e, aproximadamente, um milhão são diabéticos. Estas situações afectam a toda a sociedade, através da diminuição da qualidade de vida e do incrementar da despesa com a Saúde. No sentido de a combater, a prática ajustada de actividade física e o exercício físico são altamente recomendados por instituições credenciadas, como a Organização Mundial de Saúde (OMS)."
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