Na ausência de sugestões as pessoas que por mim passam são sem dúvida a inspiração para os posts. Hoje gostaria de vos falar sobre as cirurgias que não correram bem.
No outro dia ouvia um colega a dizer, na promoção do seu espaço, que só 10% dos pacientes com patologia de coluna têm indicação cirúrgica. Claro que esta percentagem terá as suas variações em função das opiniões. Por vezes as hérnias discais são tão volumosas que bloqueiam a acção nervosa , podendo mesmo chegar a bloquear o controle dos esfíncteres (no caso de hérnias discais da zona lombo-sacra).
Nesses casos existe uma emergência cirúrgica e não há nada a fazer.
Contudo, quando vamos para uma cirurgia temos de estar conscientes dos riscos que esta envolve.
A cirurgia tem riscos que se prendem com a anestesia, com uma possível infecção, entre outros. A cirurgia não é uma garantia de que ficará a 100%, sem queixas algumas. Em alguns casos é inclucisvé necessário esperar para que o nervo que teve determinado tempo comprimido, recupere as suas funções, completas ou parciais.
É importante que se perceba isto, que se pense com consciência antes de avançar para uma abordagem cirúrgica, para evitar processos de revolta quando as coisas não correm como o doente esperava.
O procedimento pode ser executado na perfeição e os resultados não serem excelentes.
Aos médicos dou apenas o seguinte conselho: expliquem bem os riscos dos procedimentos e não abandonem os doentes se as coisas não correrem bem. Tenho tido muitos doentes revoltados com o pós-cirúrgico.
As terapias (fisioterapia, osteopatia, acupunctura,...) nos casos de insucesso são quase sempre a única opção do doente. Na maioria dos casos podemos ajudar a melhorar o problema.
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